segunda-feira, 21 de abril de 2014

Só Uma Pessoa Pode Mudar a Sua Vida



Só Uma Pessoa Pode Mudar a Sua Vida

 “Antes de começar o trabalho de modificar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa”.
Provérbio chinês

       O mundo em que você vive lhe agrada? Causa-lhe satisfações? Habita-o com prazer? O que nele necessita ser modificado? A quem cabe tomar essas providências?
       As perguntas formuladas devem ser respondidas por você mesmo(a), com as suas análises pessoais. Visam ao seu crescimento e ao desenvolvimento do seu mundo pessoal e das suas estratégias de vida. Se realmente pretender transformar algo ou transmudar-se.
       Já se apercebeu de que em todos os lugares nos encontramos com pessoas insatisfeitas, dispostas a substituir algo? Ocorre o mesmo com você?
       As mudanças são imperativas da própria Natureza. Nada nela é estático. Tudo está em constante movimento. Assim é a vida em todas as dimensões. Na pessoal, também. Com você e com aqueles que o cercam, é assim, da mesma forma. É preciso se imbuir dessa consciência.
       Tudo se move no Universo. O sábio Galileu notou esse fato. Apesar de vigiado, perseguido e condenado, morreu afirmando essa verdade - “eppur si muove”.
       Para onde vai esse movimento? Em duas direções fundamentais, básicas para as demais. Movimenta-se para o seu sistema, nele e em torno de si. É como a Terra em seus deslocamentos - na translação e na rotação.
       O indivíduo que almeja mudar precisa observar esses dois fatores. Em relação a si e ao seu mundo. Para provocar mudanças, onde vivemos, é forçoso que mudemos em primeiro lugar a nós mesmos.
       Já notou que “só o outro está errado?” Só ele carece de modificações? Essa é a grita geral em todos os quadrantes. Tudo se exige do outro em quaisquer situações e em todos os níveis: pessoal, familiar, religioso, político e profissional. Em todas as esferas. Regional, nacional e internacional. Muitas empresas estão se afastando da prosperidade exatamente por essa razão. Por obtusidade de muitos executivos, gerentes e líderes. Alguns garantem: “Por que mudar se vem dando certo há tantos anos”?
       Por esse processo vamos sempre esbarrando na necessidade de continuar exigindo e esperando por mudanças, sem êxito. Em virtude de estratégias impróprias e de conceitos errôneos, sempre com preconceitos, extremismos ou radicalismos. Onde impera o dogmatismo, distanciam-se ou afastam-se a flexibilidade e a flexibilização.
       Com certeza, apresentar-se-á nesta obra mais de uma vez que “nenhuma mudança duradoura vem de fora”.[1] Com mais propriedade, é-nos possível asseverar que as modificações necessárias e fundamentais dificilmente são operadas lá fora, exteriormente. No entanto, quando o ser humano realmente se desprende das amarras do egoísmo e do orgulho, do comodismo e do atrelamento aos condicionamentos exteriores, ancora-se na sabedoria interna que o concita a mudar a si mesmo.

Só uma pessoa pode mudar a sua vida!

       Exclusivamente ela detém esse poder. Somente Você! Ninguém é capaz de tal proeza, por mais que alardeie. Portanto, valha-se dele para alterar o sentido da sua existência. Disponha-se a fazê-lo agora! Neste instante, pela determinação de mudar o que precisa ser mudado. De modificar aquilo que tenciona mudar. De transformar o seu mundo para melhor.

       Como? De que modo?

       Este livro[2] sugere-lhe alguns caminhos rumo ao infinito. Se de fato, com sinceridade, deseja esse mundo melhor, o primeiro caminho a tomar é o da própria remodelação.  A começar por si mesmo, melhorando-se. Esta afirmação resulta do pressuposto de que visa a um mundo melhor, composto por você e por todos aqueles que o(a) rodeiam.
       É necessário que percorra as vias do Autoconhecimento. Portanto, como só é possível proceder a essa mudança em si próprio(a), se cada um assumir essa benfazeja tarefa, o mundo será natural e normal, devido ao fato de cada um estar cuidando de si.
       Fantasticamente producente é cada um de nós propor esse caminho ao nosso grupo, oferecendo-lhe o exemplo pessoal. Aqui se coloca como proposta e como sugestão. Nunca como imposição.

       Como realizá-lo? De que modo?

       Requer muita coragem. Sobremodo quanto à descoberta das fraquezas pessoais. Quanto ao inventário daquilo que necessita ser modificado. Como serão essas metamorfoses? O que pode ser alterado? Somente o que estiver desajustado da engrenagem e do ritmo normal da vida.
       Quais são os estágios das mudanças?
       É por falta dessa estratégia que diversas empresas de todos os gêneros atravessam por grandes dificuldades. É o que está ausente em muitas consultorias. O começo de tudo está no foco principal da vida: o ser humano. A pessoa como pessoa, com toda a sua humanidade, sem se descuidar do seu lado espiritual.
       O primeiro é o pessoal. Desenvolve-se em si, por processos naturais, a fim de revelar os verdadeiros aspectos. Examine com minúcia os passos de como uma flor chega ao seu estado pleno: - semente - botão - flor desabrochada (pétalas abertas e completas; com o seu aroma, beleza e admiração enriquecendo a vida de cada qual).

Já leu o nosso último livro: “Você Vale a Pena!”.
Foi premiado como um dos melhores livros escritos em 2011. - Telefones: 11/2402-6203 – 964350934 (TIM)- 996273190 (VIVO).
- Organize em sua empresa ou cidade os seminários: “Você Vale a Pena!” e “Como Transformar Potencial em Desempenho”.







[1] Ken Carey, Visão - Ed. Pensamento
[2]  Este texto faz parte de um livro de minha autoria – Os Três Conselhos do Rei

VOCÊ VALE A PENA!










CAPÍTULO IV
 Convicção e Persistência

“As grandes obras não são realizadas pela força,
 mas sim pela perseverança”. Samuel Johnson

      
A
 diferença que faz a diferença” entre aquelas pessoas que obtêm o que aspiram e os demais está nas suas convicções pessoais. Quando positivas, devem ser sustentadas pela força da perseverança.
       A história da Humanidade tem passado por grandes remodelações graças às convicções de grandes almas que persistiram naquilo que acreditavam.

       Gandhi cria que pela “não-violência”, desobedecendo aos ingleses e sem consumir os seus produtos, poderia libertar a Índia. Logrou o seu intento depois de insistir naquilo que acreditava. Tal era a sua crença que todo o povo passou a crer, de igual forma, com a mesma consciência. Foi tenaz, consciente e jamais perdeu o equilíbrio.

          Alimentava a crença de que se um único homem chegasse à plenitude do amor neutralizaria o ódio de um milhão de pessoas. Era-lhe própria a força da tenacidade. Assim procedeu até mesmo quanto aos seus jejuns a ponto do sacrifício pessoal. Entregou a própria vida. Seus caminhos, até hoje, estão repletos de sua energia.
          Desfrutamos da felicidade de percorrê-los na Índia. Pudemos sentir a presença daquela Grande Alma, que libertou o seu país, a Índia Oriental e o Paquistão. Tudo lá está impregnado dele. Tão grande é a sua vibração e a presença do seu espírito que nos quedamos de joelhos no “Memorial de Gandhi”, chegando praticamente ao êxtase.

          Andamos, à exceção do extremo-Sul, por quase todos os lugares onde aquele grande ser marcou a sua benéfica presença. Até mesmo no “Birla House”,[1] local onde foi abatido, está a força da sua marca redentora.
          Francisco de Assis também de modo algum pode ser esquecido dessa relação de pessoas tenazes sob pena de se cometer grande injustiça. O amor, a persistência e o seu poder interior arrastavam-no suavemente para o seu objetivo. A sua obra perdura até hoje florescente em todo o mundo. Em nome da justiça e da verdade nunca se intimidou diante dos poderosos. Nem mesmo diante do Sumo Pontífice da época e dos seus cardeais. Oitocentos anos já decorreram e ele permanece vivo na memória da Humanidade. Assim como a sua obra é grande realidade na maior parte dos países desta Terra. Dele é a seguinte frase “No início, faça o imprescindível; depois, o possível e de repente estará fazendo o impossível”.
          Thomas Alva Édison, sempre vivo nos nossos trabalhos e já citado anteriormente, é talvez o exemplo mais expoente e mais forte de convicção e de perseverança.

          Sabia, com denodo, transformar negatividades em realizações. Pela sua tenacidade transpôs todas as barreiras tidas como impossíveis e sempre conseguiu o que idealizava por sua crença interna.
          Por ela converteu-se no maior inventor da Humanidade. Em função do que está a cada instante presente em nossas vidas, desde o momento em que nos colocamos de pé, até quando vamos nos recolher ao nosso leito.
          Só para que você possa observar essa verdade, lembre-se de que ele está no metrô que tomamos; no veículo que dirigimos ou do qual nos valemos para ir a algum lugar. Está conosco quando falamos ao telefone, quando abrimos a geladeira, preparamos algum alimento no liquidificador. Quando movemos o interruptor da luz; quando a fitamos. Ao ouvirmos uma música e ao presenciarmos um filme. Ou, ao atravessar os espaços no interior de um avião.
          Simplesmente porque inventou a locomotiva elétrica, construiu a bateria, aperfeiçoou o telefone; desenvolveu todos os aparelhos eletrodomésticos; descobriu o filamento da luz elétrica, o cinema e a fita magnética. Que maravilha!

          Henry Ford, Fleming, Marconi, Ben Gurion, Jacques Cousteau, João Paulo II, Nélson Mandela, Irmã Teresa de Calcutá, Marthin Luther King, Irmã Dulce, Pelé, Oscar, Ayrton Senna da Silva e Luciano do Vale também revelaram ser possuidores dessas energias. Assim se comportaram na Antigüidade Cristo, Moysés, Alexandre Magno, Júlio César, Marco Antônio, Aníbal. Neste milênio, Marco Polo, Cristóvão Colombo e muitos outros. Grande exemplo de tenacidade está na História dos hebreus, cujos reflexos sentimos até hoje.

1.         A tenacidade é, como a fé, atributo da alma.

          É estado de espírito próprio de pessoas fortes, vencedoras. Pode ser comparada à têmpera. Os humanos e os seres viventes são testados pela Natureza nos embates e nos problemas da própria vida. Assim, o aço mais resistente é aquele que foi bem temperado. É o ferro que foi bem malhado.

          Na pirâmide social, a grande massa forma a base e os demais as diversas camadas. Só os plenos de convicções sadias e tenazes, que cresceram pela perseverança naquilo que acreditavam, lideram ou lideraram. Só eles alcançam o topo e lá permanecem...

          Onde você se encontra? Onde quer chegar? Acredita que é possível? Julga que será fácil? Asseguramos-lhe que, se as suas convicções forem suficientemente fortes, no prazo gravado em sua consciência triunfará no lugar escolhido. Convença-se, porém de que “um dia” nunca deverá chegar. Mas, se fixar um prazo, como o que está estabelecido na semente, na data certa estará de posse do fruto desejado. No Capítulo VII, ao discorrer a respeito de “Metas e Objetivos”, trataremos mais uma vez desse “um dia”.
·         Descruze os braços e avance os passos!
·         Faça acontecer!
·         Aja para que suceda como deseja e almeja.
·         Ponha-se em ação!
·         Ame tudo aquilo que é difícil!
·         Nunca fuja dos problemas!

“Você não pode ser corajoso se só lhe acontecem maravilhas!”
 Mary Tyler Moore

          Para chegar ao sucesso e colocar-se nos postos de comando, é preciso que as preocupações e o medo sejam vencidos e desvanecidos.

2.    Convença-se de que é pessoa vencedora.

          Decida-se, pelo esforço pessoal, perseguir com denodo os objetivos definidos bem como os seus ideais. Aprenda a deixar de protelar a solução dos problemas que lhe foram confiados. Ou, que a própria vida lhe oferece, para que possa se fortalecer cada vez mais.
          Contudo, se compactuar com os medíocres poderá tornar-se ridículo; jamais um fora-de-série.  Esta obra, em toda a sua coleção, conduz o leitor a refletir sobre a escolha da direção da sua vida a fim de descobrir quem é ele e no que deverá se transformar para o seu próprio bem. Nos capítulos seguintes encontrará material farto para essa descoberta, ciente de que somente você poderá realizá-la, porque somente você poderá mudar a sua vida.


Já leu o nosso último livro: “Você Vale a Pena!”.
Foi premiado como um dos melhores livros escritos em 2011.
Telefones: 11/2402-6203 – 964350934 (TIM)- 996273190 (VIVO).
Organize em sua empresa ou cidade um seminário “Você Vale a Pena!



sábado, 5 de abril de 2014

O Cocheiro, a Roda e os Veículos

Professor João Beserra da Silva
O Cocheiro, a Roda e os Veículos
Em momento algum, quando o homem há sete mil anos descobriu a roda, pensou no que ela poderia lhe proporcionar. Assim como aonde ela o conduziria. Com evidência, aquele pensador mesopotâmico, ao ver passar uma tropa de carga, pensou: "Ah! Se aquelas bestas tivessem no lugar das pernas algo que se movesse mais rápido!
Sem qualquer conhecimento técnico conversou com o seu filho primogênito, que era copeiro no palácio imperial.  Este relatou ao genitor que sofria demasiado ao ver seus colegas transportando os reis na "diligência” sobre suas costas. De forma desumana.
- Meu filho, quando o homem vai usar a cabeça? Pergunte ao rei para que o coco serve?
Chegando ao palácio percebeu que o monarca se preparava para sair em sua "carruagem real”. Aproximou-se dele. Atreveu-se, afirmando:
- Meu rei, o cabriolé correria com maior rapidez deslizando sobre cocos. Sem que fizesse sofrer os homens que o carregam.
- Trataremos melhor deste assunto tão esquisito na volta. Entretanto, pensarei durante a viagem. – Assim se pronunciando intimou aos escravos para que corressem o quanto pudessem porque tinha pressa excessiva de chegar ao lugar pretendido.
Os servos andaram tão depressa que se cansaram rapidamente. Um deles tropeçou. Caiu, arrastando aos demais. Inclusive ao rei e a sua esposa morro abaixo. Os escravos morreram mutilados. Os soberanos, sem ninguém para conduzi-los, retornaram a pé. Sem haver prosseguido para o destino anterior. Depois de penosos dias de caminhada Sua Majestade chegou ao palácio.  Mandou chamar imediatamente o copeiro.
- Explique-me a sua história sobre colocar cocos por baixo do cabriolé.
- Meu pai me garantiu que os homens precisam usar a cabeça para fazer com que a diligência real percorra o espaço com maior velocidade. Rogou-me para perguntar ao senhor "para que serve o coco”?
- Vou refletir. Convocarei meu Conselho para me darem a resposta correta. Depois ouvirei o seu pai.
Os sábios, os conselheiros e quantos o monarca dispunha por meses a fio se ocuparam em desvendar aquela sugestão. Sem solução, o ancião foi intimado a estar na presença do soberano.
- Diga-me o que tem a ver coco com cabeça e coco com cabriolé?
- Majestade, padeço demais quando observo seus servos carregando o senhor. A sua esposa. A tantos outros nas costas. Construa um veículo que resvale sobre cocos, puxado por bestas.
Fixaram os cocos no estrado da carruagem. O cocheiro usava o chicote, impelindo os animais a andarem mais rápido. Com o tempo, o próprio rei pensou numa forma melhor que girasse. Veio a roda rudimentar com exagerado desgaste. Quando o homem conheceu o fogo, revestiu-a com um arco de pedra. Mais tarde, de ferro. Contudo, o instinto destruidor usou o fogo e o ferro para produzir armas. Para provocar a guerra. Para a violência. Para chicotear. Para agredir, sempre com o uso do chicote. Por milênios inteiros os carros, já sofisticados, eram puxados por animais. Mais para batalhas do que para servir ao bem da humanidade. Mais para a morte do que para a vida. Mais para a destruição do que para a prosperidade.
Milênios depois o homem fabricou um motor para substituir os animais. A partir daí se aprimorou na velocidade. Em seguida aperfeiçoou os modelos. Buscou melhorias que favorecessem a segurança interna. Aperfeiçoou-se na tecnologia de produção. Encheu as ruas, as praças, as garagens, as rodovias e as pistas de veículos dos mais diversos tipos, modelos e tamanhos.
Jamais entendeu a linguagem do ancião da Mesopotâmia. Nunca reflexionou na relação cabeça e coco. Em tempo algum procurou discernir sobre o conteúdo da cabeça e o do coco. O coco contém água doce que serve à saúde do físico. A cabeça encerra massa cinzenta que fortifica a alma. Põe em ação o espírito. Que carece ser aplicado na educação. Sem a qual continuaremos sendo pré-históricos com índole belicosa. Ávida para matar e destruir. Os automotores transformaram-se em armas mortíferas e perigosas. O "chicote” jamais saiu das mãos dos homens; Ou pelo menos de suas cabeças, com ranço no coração.
Assim é o trânsito que nada pensa. Mas, mata mais que todas as guerras. Que é pensado, desenvolvido e melhorado pelos humanos. De nada servirão belas estradas. Ou os melhores recursos da tecnologia avançada se o homem guardar o ímpeto de correr riscos. Sem juízo, sem respeito, sem amor à vida. À sua e à do semelhante.
Percorremos todo o nosso país. De Sul ao Norte. De Leste ao Oeste. Como muito mais de vinte países, em três continentes. Em todo lugar há veículos, ruas, estradas e avenidas. Há mais pessoas do que carros, ônibus, trens e metrôs. Há trânsito e transporte. Há seminários, fóruns, congressos e estudos. A sua maioria voltada para o lado material. Para o ferro, para o aço, para o asfalto. Para o cimento e para o concreto Há em número ínfimo a preocupação com a educação e com o sentido da vida. Há zelo com o requinte e com a beleza dos modelos apresentados. Recomendação alguma quanto à formação do ser que ocupa hoje o lugar do cocheiro. Ou daquele que transportava o rei. É preciso que o motorista limpe o seu coração. Que desfrute do respeito à vida. Do amor à vida do seu semelhante. Que busque a Deus. Que faça a diferença. Que seja diferente dos veículos. Por mais avançados que sejam, são irracionais. Sem possibilidade alguma de cogitar. Mesmo que estacionem automaticamente. A diferença está e estará sempre na índole do condutor. Na sua forma de agir e de pensar. Em suas emoções. Em seus sentimentos. No autocontrole. No autoconhecimento. Na atenção e na reflexão. Na descoberta da bênção da vida.
Pensemos em melhorar a nossa postura e as nossas atitudes. Reflitamos sobre as cenas do cotidiano de nossas ruas e das nossas estradas.  Do campo e das cidades. Quantos corações dirigem seus veículos repletos do veneno da ira, da revolta.  Da ansiedade e da angústia. Da pressa e da indecisão. Da falta de respeito pleno.
Que todas as mudanças no trânsito partam antes de tudo da pessoa. Como dizia Gandhi; "Seja você a mudança que deseja no mundo”. O melhor carro, as melhores estradas, os melhores recursos de nada valem se continuarmos piores do que o nosso meio de transporte. A educação está em primeiro lugar. Esperamos que os dirigentes em suas mesas temáticas insiram uma cadeira de alguém que profira com consciência e com ciência conferências sobre educação no Trânsito para o coração. Que valor as regras de trânsito terão sem as leis do amor? Sem a consideração pelo outro. Pelo que é seu? Ou que se discorra sobre Mobilidade e Logística Humana.
Que Deus abençoe a todos que abraçarem esta causa. À causa da vida feliz, sem acidentes, sem erros e sem injustiças. Exemplo claro foi o problema do acidente de trânsito oferecido por Marc Lalonde, Ministro da Saúde do Canadá, à época (1974). Ele deixou bem evidente que os fatores que mais contribuem para o aumento dos acidentes de trânsito são:
1.            O estilo de vida,
2.            O meio-ambiente,
3.            A organização da atenção à saúde. (À vida – o grifo é nosso).
biologia humana tem ficado sem importância em todos os eventos públicos. O cuidado maior prepondera no tocante à mecânica dos veículos. Sem qualquer atenção à "mecânica humana”. À sua cabeça. Ao seu coração, onde deveriam estar os principais "motores psicológicos”. Bem como o "módulo de comando”. Nos tempos de hoje esses motores somente "se ligarão” mediante leis rígidas com educação e com conscientização, sem impunidade. Só assim o ser humano aprenderá o que seja respeito. Para tanto, imprescindível será que respeite a sua própria vida para valorar a de seus semelhantes.
Nosso mundo será melhor quando deixarmos de ser meros espectadores para sermos protagonistas do bem, do belo, do justo e do amor. Temos dito em nossas aulas de "Direção Defensiva”: "Percamos o nosso direito de preferência para termos o direito à Vida”.
Professor João Beserra da Silva - Pensador, escritor, poeta, conferencista e advogado.
[professorbeserra.blogspot.com / professorbeserra@yahoo.com.br]