terça-feira, 1 de julho de 2014

VIVENDO A MELHOR IDADE


O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro do Líbano. Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos. – (Sl. 92, 12 a 14)

Senhoras e senhores,

Lady Lydia, MD. Presidente do Conselho dos Direitos da Pessoa Idosa, em quem saudamos as pessoas idosas e aos membros do Con-selho,
Senhor Vereador Lamé, Presidente da Frente Parlamentar dos I-dosos, na pessoa de quem cumprimentamos a todas as autoridades presentes.
Que momento grandioso é este! Que justa solenidade é esta! Que marca deverá ficar nas almas das pessoas que aqui estão. Daquelas que se pronunciaram; dos que ainda vão falar, dos convidados, dos homenageados e daquelas que são objeto desta oportunidade – as pessoas idosas.
Segundo o Sr. Kofi Annan, ex-secretário geral das Nações Unidas, “na África se diz, quando morre um ancião, que desaparece uma biblioteca”. Ainda, de acordo com o referido senhor, “todos envelheceremos algum dia, se tivermos esse privilégio”.
Gravemos, amigas e amigos amados, essa última expressão: “se tivermos esse privilégio”.
 “se tivermos esse privilégio”. - Nem todos o terão.

Sobremodo aquelas criaturas que desprezarem aos idosos ou lhes forem indiferentes. Logo o seu número passará dos atuais 600 milhões para 2 bilhões.
Haverá no mundo, pela primeira vez na História, mais pesssoas acima de 60 anos que menores de 15. Quadruplicando-se nos países em desenvolvimento. Portanto, os governantes precisam agir com rapidez, prudência e sabedoria porque o cenário exigirá políticas públicas mais consistentes e primoroso programa educacional.
No diapasão e no ritmo do salmo citado nesta introdução, permitam-nos nos apresentar qual lavrador que conhece bem a sua tarefa para submeter à sua apreciação e estudo alguns valores esquecidos em forma de sementes que colhemos na Universidade da Vida e na Enciclopédia do Ser Humano para que o mundo possa Viver a Melhor Idade com decência e dignidade.

Qual é ela? A primeira? A segunda? A Terceira? Qual a melhor?

Pensamos e disso temos certeza absoluta por todas as nossas experiências de que a melhor idade é aquela na qual podemos viver felizes e extrair as experiências necessárias para torná-la ainda melhor. Tanto é verdade que no Butão e em outros países o desenvolvimento humano se mede pelo grau de felicidade do povo. A melhor idade é a presente, no tempo em que vivemos.
Nosso país está fadado a ser o celeiro do mundo e a pátria do Evangelho. Mas, passa ainda por situações desfavoráveis para merecer e encontrar o ensejo de transformar-se nesse “celeiro” e nessa “Pátria”. Por falta de pessoas inteligentes e destemidas? Negativa a resposta, pois as temos de sobejo. Apenas por carência de amor, da grande energia que vai modificar o mundo. Pela falta de Deus.

Mas, o que é amor? Onde se aprende o seu significado? Onde se obtém conhecimento acerca do seu valor e da sua resposta? O que vem a ser amar? Por que o Brasil e o mundo se encontram nessa crucial en-cruzilhada? Por que estamos tão carentes de valores éticos, morais e comportamentais? Pela imensa privação dessa energia salvadora e reconfortante.
Mas, o que é mesmo amor? Existe algum significado que nos convença a entendê-lo? Se existisse e se o entendêssemos, ainda assim teríamos condições de praticá-lo e exercê-lo em plenitude? Há como aprender o amor por osmose? Por discursos, por palavras eruditas, em seminários e workshops? Amor! Amor! Ah! Que ingente vontade de poder falar sobre amor.
Encontramos em Henry Drummond algumas sentenças que nos abrem caminhos para o amor, como:

1. “O Amor é o cumprimento da Lei”.
2. “O Amor é a regra que resume todas as outras regras”.
3. “O Amor é o mandamento que justifica todos os outros mandamentos”.
4. “O Amor é o Segredo da Vida”.

Ousamos completar: “O Amor é Deus, porque Deus é Amor”. Conhecemos tantos que falam de amor, eloquentemente, sem testemunho algum em suas próprias vidas para que validem as suas lições. Até mesmo aqueles que têm a responsabilidade do amor, como pais e professores, religiosos, sacerdotes, pastores, pensadores e políticos. É muito fácil discorrer sobre amor! Mais fácil ainda é afirmar que ama. Como, também, exigir amor dos outros. Há algum compêndio que possa esgotar o assunto?
Drummond se arroja em decompor o amor com base na Primeira Epístola aos Coríntios, em nove ingredientes:

1. Paciência – “o amor é paciente
2. Bondade – “o amor é benigno
3. Generosidade – “o amor não arde em ciúmes
4. Humildade – “não se ufana nem se ensoberbece
5. Delicadeza – “o amor não se conduz inconvenientemente
6. Entrega – “não procura seus interesses”.
7. Tolerância – “não se exaspera
8. Inocência – “não se ressente do mal
9. Sinceridade – “não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”.

Amar, no nosso modesto entender, é querer o bem do outro. O do próximo, daquele que está ao nosso lado, naquele momento, de qualquer idade. Amar é respeitar. É ter consideração. É melhorar a auto estima pessoal e a dos semelhantes.
É praticar a justiça. É viver sem preconceitos. Sem mentiras. Sem engodos ou artimanhas nocivas. Amar é trilhar o caminho do bem e proporcioná-lo aos demais, servindo de indicador do caminho.
Que esse caminho seja a conduta pessoal em todas as idades, de modo a transformar aquela em que vivemos na mais feliz. Amar é permitir que o outro seja ele mesmo, diferente como é. Sem forçá-lo a ser igual. Porque quem se contenta em ser igual trilha caminho mediano e moralmente pobre. Amar é reconhecer Deus no coração do companhei-ro de jornada terrena em qualquer tempo, lugar ou idade.

Amar é ser Fonte de Prosperidade. Porque o Amor prospera, enriquece, rejuvenesce, une e guarda estreita relação com as mudanças fundamentais na índole geral e na postura das nossas ações coletivas. Desde criança, passando pela maturidade até o último dia na Terra, com qualidade de vida.
Asseguramos, com a mais absoluta convicção, de que para viver em paz é necessário amor. Para encontrar essa paz, também. Então, a paz de espírito que devemos buscar para a nossa vida, é por amor e com amor! Só então teremos qualidade de vida e viveremos a Melhor Idade.

O amor legítimo está fora da carne, na unidade espiritual. Está na sensibilidade do espírito. É a resposta divina à nossa consciência. É apelo da genuína vida, em todas as idades. Quem realmente sabe viver, ama a vida... Amar é servir! Servir de ponte. É ser luz. É ser vida. É in-dicar rumos. É estimular para a vida feliz. É ter na mente ideias positivas, e na boca palavras animadoras para todas as idades, em qualquer tempo e lugar. Como nos atos e nas ações. É viver a vida de forma edificante, respeitando a todos!
A maior regra de conduta é aquela que brota da ternura, do afeto, do carinho, que são verdadeiras irradiações que manam do interior de pessoas equilibradas e amorosas...
Há muitos idosos que são mestres nesta arte – na arte de amar. Pois, agiram assim com os seus pais, com seus filhos, com seus netos, com os bisnetos. Com a sua família. Com as demais pessoas.

Entretanto, amigas e amigos, foi necessário descobrir que eram sementes divinas de amor para encontrar a felicidade na vida e gerá-la nos outros. Foram capazes de deixar essa verdade germinar no seu interior, como verdade eterna, de modo a desfrutar de todos os momentos de sua idade. Assim ela será a Feliz Idade ao nascer, na infância, na adolescência e na chamada velhice, sem nunca se sentir velho. Porque ve-lho é trapo que  nada mais vale. Idoso, sim. Velho, nunca!Criança feliz, sempre!

Esquive-se do pensamento de que somos sementes da morte, do fracasso e da derrota. Que agradável, portanto, é você como semente boa, constatar que é essa semente de amor... Ou, como semente de amor que respeita a todas as pessoas, aceitando as diferenças, sem preconceitos...
A semente sempre produz frutos e novas sementes. Mas, frutos e sementes idênticas às sementes originárias. De tal forma quando respeitarmos crianças, jovens e adultos alcançaremos a chamada melhor idade – a Idade Feliz – a idade da bênção, a do prêmio maior, da longevidade porque vivemos todas elas como idades venturosas, semeando o bem e o amor em todos os campos da vida.

Assim, a semente de amor que está no seu coração sem sair dele para outro, relação alguma estabelece com o amor. Quem ama, sem manifestar o seu amor, procede como a nuvem que passa sem derramar o líquido precioso. Isto é, sem chover.
Enfim, como viver a Melhor Idade - a idade feliz? Quem poderá vivê-la? Da mesma forma como somente vive quem serve, a idade feliz é o presente da nossa vida. Pois, cada minuto de vida é um presente do nosso Criador, a Quem devemos o sopro de vida.
Todo aquele que despreza o semelhante de qualquer idade é um infeliz. Como é quem suborna. Quem corrompe. Quem se deixa corromper. Quem adultera. Quem falsifica. Quem engana o outro. Quem se a-proveita do idoso, da criança, do deficiente e da viúva. Quem se julga superior. Quem pensa que é melhor do que o outro, sem respeito e sem consideração. Quem age com preconceito, com petulância, com arrogância. Quem pensa que seus títulos e o seu posto poderão lhe dar o direito de diminuir o outro. De subestimar a sua capacidade.

Que pena, senhores vereadores Lamé e Samuel Vasconcelos, convidados e amigos, senhoras e senhores idosos que pessoas assim poderão ser encontradas em nossa própria família. No nosso meio social. Em nosso clube, em nossa igreja, nas instituições financeiras, nas repartições públicas, nos sindicatos, nos partidos políticos, nas Câmaras Municipais, nas Assembleias Legislativas, no Congresso Nacional, nos Governos, nas entidades. Na nossa igualmente. Entre aquelas pessoas que tem a missão de cuidar da vida e da melhor idade. Meu Deus, meu Deus, piedade! Misericórdia para tantos desalmados. Para tantas pessoas funestas, hediondas e depravadas. Perdão! Perdão!

Na segunda feira, dia 23 de junho de 2014, completamos 78 anos. Alguém nos perguntou qual o segredo da longevidade. Dissemos-lhe: “Viver! Viver! Viver a vida agradecendo a Deus. Servir, servir por amor a todos”. Vivam, pois, cada momento da sua vida com alegria... Sorriam. Sorriam sempre. Brinquem, cantem, dancem, namorem, toquem, abracem, compartilhem, sejam amáveis, confiantes. Dêem a sua vez, quando necessário, para que a outra pessoa seja mais feliz. Vivam, vivam, vivam...

Aí, então, todos perceberão que são superiores as pessoas que amam e por isso vivem a Melhor Idade – a Idade da Felicidade – a do Presen-te. O seu melhor momento. Este!

Abracem a pessoa do seu lado e a quantas puderem, proferindo com sinceridade aos ouvidos: “Quero ser uma gota de água pura na taça da sua melhor idade. Nesta de agora.”
Obrigado! Que Deus abençoe a todos. Obrigado!


Professor João Beserra da Silva
11/996273190 - 984645220 - 24026203
professorbeserra@gmail.com

quarta-feira, 18 de junho de 2014

VIVENDO A MELHOR IDADE

Com certeza você deverá imaginar que em alguns anos a população idosa da Terra alcançará o número de dois bilhões de seres humanos, superando aqueles que forem menores de quinze anos. Que medidas, que políticas públicas, que sistema de vida e de educação deverão ser adotados? Ou continuaremos a ser pessoas sem alma e sem coração a tratar aos idosos como uma classe à parte? Que atitude haveremos de ter para com aquelas pessoas que foram nossos pais, nossos avôs, os pais e ancestrais dos nossos amigos? Das pessoas a quem dissemos que amávamos ou que amamos? O que falta?
Vá assistir a nossa apresentação sobre o tema "Vivendo a Melhor Idade".

O evento se realizará no dia 25 de junho no auditório da Câmara Municipal da cidade de Guarulhos, com café da manhã se iniciando às oito horas da manhã.

Professor Beserra

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Só Uma Pessoa Pode Mudar a Sua Vida



Só Uma Pessoa Pode Mudar a Sua Vida

 “Antes de começar o trabalho de modificar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa”.
Provérbio chinês

       O mundo em que você vive lhe agrada? Causa-lhe satisfações? Habita-o com prazer? O que nele necessita ser modificado? A quem cabe tomar essas providências?
       As perguntas formuladas devem ser respondidas por você mesmo(a), com as suas análises pessoais. Visam ao seu crescimento e ao desenvolvimento do seu mundo pessoal e das suas estratégias de vida. Se realmente pretender transformar algo ou transmudar-se.
       Já se apercebeu de que em todos os lugares nos encontramos com pessoas insatisfeitas, dispostas a substituir algo? Ocorre o mesmo com você?
       As mudanças são imperativas da própria Natureza. Nada nela é estático. Tudo está em constante movimento. Assim é a vida em todas as dimensões. Na pessoal, também. Com você e com aqueles que o cercam, é assim, da mesma forma. É preciso se imbuir dessa consciência.
       Tudo se move no Universo. O sábio Galileu notou esse fato. Apesar de vigiado, perseguido e condenado, morreu afirmando essa verdade - “eppur si muove”.
       Para onde vai esse movimento? Em duas direções fundamentais, básicas para as demais. Movimenta-se para o seu sistema, nele e em torno de si. É como a Terra em seus deslocamentos - na translação e na rotação.
       O indivíduo que almeja mudar precisa observar esses dois fatores. Em relação a si e ao seu mundo. Para provocar mudanças, onde vivemos, é forçoso que mudemos em primeiro lugar a nós mesmos.
       Já notou que “só o outro está errado?” Só ele carece de modificações? Essa é a grita geral em todos os quadrantes. Tudo se exige do outro em quaisquer situações e em todos os níveis: pessoal, familiar, religioso, político e profissional. Em todas as esferas. Regional, nacional e internacional. Muitas empresas estão se afastando da prosperidade exatamente por essa razão. Por obtusidade de muitos executivos, gerentes e líderes. Alguns garantem: “Por que mudar se vem dando certo há tantos anos”?
       Por esse processo vamos sempre esbarrando na necessidade de continuar exigindo e esperando por mudanças, sem êxito. Em virtude de estratégias impróprias e de conceitos errôneos, sempre com preconceitos, extremismos ou radicalismos. Onde impera o dogmatismo, distanciam-se ou afastam-se a flexibilidade e a flexibilização.
       Com certeza, apresentar-se-á nesta obra mais de uma vez que “nenhuma mudança duradoura vem de fora”.[1] Com mais propriedade, é-nos possível asseverar que as modificações necessárias e fundamentais dificilmente são operadas lá fora, exteriormente. No entanto, quando o ser humano realmente se desprende das amarras do egoísmo e do orgulho, do comodismo e do atrelamento aos condicionamentos exteriores, ancora-se na sabedoria interna que o concita a mudar a si mesmo.

Só uma pessoa pode mudar a sua vida!

       Exclusivamente ela detém esse poder. Somente Você! Ninguém é capaz de tal proeza, por mais que alardeie. Portanto, valha-se dele para alterar o sentido da sua existência. Disponha-se a fazê-lo agora! Neste instante, pela determinação de mudar o que precisa ser mudado. De modificar aquilo que tenciona mudar. De transformar o seu mundo para melhor.

       Como? De que modo?

       Este livro[2] sugere-lhe alguns caminhos rumo ao infinito. Se de fato, com sinceridade, deseja esse mundo melhor, o primeiro caminho a tomar é o da própria remodelação.  A começar por si mesmo, melhorando-se. Esta afirmação resulta do pressuposto de que visa a um mundo melhor, composto por você e por todos aqueles que o(a) rodeiam.
       É necessário que percorra as vias do Autoconhecimento. Portanto, como só é possível proceder a essa mudança em si próprio(a), se cada um assumir essa benfazeja tarefa, o mundo será natural e normal, devido ao fato de cada um estar cuidando de si.
       Fantasticamente producente é cada um de nós propor esse caminho ao nosso grupo, oferecendo-lhe o exemplo pessoal. Aqui se coloca como proposta e como sugestão. Nunca como imposição.

       Como realizá-lo? De que modo?

       Requer muita coragem. Sobremodo quanto à descoberta das fraquezas pessoais. Quanto ao inventário daquilo que necessita ser modificado. Como serão essas metamorfoses? O que pode ser alterado? Somente o que estiver desajustado da engrenagem e do ritmo normal da vida.
       Quais são os estágios das mudanças?
       É por falta dessa estratégia que diversas empresas de todos os gêneros atravessam por grandes dificuldades. É o que está ausente em muitas consultorias. O começo de tudo está no foco principal da vida: o ser humano. A pessoa como pessoa, com toda a sua humanidade, sem se descuidar do seu lado espiritual.
       O primeiro é o pessoal. Desenvolve-se em si, por processos naturais, a fim de revelar os verdadeiros aspectos. Examine com minúcia os passos de como uma flor chega ao seu estado pleno: - semente - botão - flor desabrochada (pétalas abertas e completas; com o seu aroma, beleza e admiração enriquecendo a vida de cada qual).

Já leu o nosso último livro: “Você Vale a Pena!”.
Foi premiado como um dos melhores livros escritos em 2011. - Telefones: 11/2402-6203 – 964350934 (TIM)- 996273190 (VIVO).
- Organize em sua empresa ou cidade os seminários: “Você Vale a Pena!” e “Como Transformar Potencial em Desempenho”.







[1] Ken Carey, Visão - Ed. Pensamento
[2]  Este texto faz parte de um livro de minha autoria – Os Três Conselhos do Rei

VOCÊ VALE A PENA!










CAPÍTULO IV
 Convicção e Persistência

“As grandes obras não são realizadas pela força,
 mas sim pela perseverança”. Samuel Johnson

      
A
 diferença que faz a diferença” entre aquelas pessoas que obtêm o que aspiram e os demais está nas suas convicções pessoais. Quando positivas, devem ser sustentadas pela força da perseverança.
       A história da Humanidade tem passado por grandes remodelações graças às convicções de grandes almas que persistiram naquilo que acreditavam.

       Gandhi cria que pela “não-violência”, desobedecendo aos ingleses e sem consumir os seus produtos, poderia libertar a Índia. Logrou o seu intento depois de insistir naquilo que acreditava. Tal era a sua crença que todo o povo passou a crer, de igual forma, com a mesma consciência. Foi tenaz, consciente e jamais perdeu o equilíbrio.

          Alimentava a crença de que se um único homem chegasse à plenitude do amor neutralizaria o ódio de um milhão de pessoas. Era-lhe própria a força da tenacidade. Assim procedeu até mesmo quanto aos seus jejuns a ponto do sacrifício pessoal. Entregou a própria vida. Seus caminhos, até hoje, estão repletos de sua energia.
          Desfrutamos da felicidade de percorrê-los na Índia. Pudemos sentir a presença daquela Grande Alma, que libertou o seu país, a Índia Oriental e o Paquistão. Tudo lá está impregnado dele. Tão grande é a sua vibração e a presença do seu espírito que nos quedamos de joelhos no “Memorial de Gandhi”, chegando praticamente ao êxtase.

          Andamos, à exceção do extremo-Sul, por quase todos os lugares onde aquele grande ser marcou a sua benéfica presença. Até mesmo no “Birla House”,[1] local onde foi abatido, está a força da sua marca redentora.
          Francisco de Assis também de modo algum pode ser esquecido dessa relação de pessoas tenazes sob pena de se cometer grande injustiça. O amor, a persistência e o seu poder interior arrastavam-no suavemente para o seu objetivo. A sua obra perdura até hoje florescente em todo o mundo. Em nome da justiça e da verdade nunca se intimidou diante dos poderosos. Nem mesmo diante do Sumo Pontífice da época e dos seus cardeais. Oitocentos anos já decorreram e ele permanece vivo na memória da Humanidade. Assim como a sua obra é grande realidade na maior parte dos países desta Terra. Dele é a seguinte frase “No início, faça o imprescindível; depois, o possível e de repente estará fazendo o impossível”.
          Thomas Alva Édison, sempre vivo nos nossos trabalhos e já citado anteriormente, é talvez o exemplo mais expoente e mais forte de convicção e de perseverança.

          Sabia, com denodo, transformar negatividades em realizações. Pela sua tenacidade transpôs todas as barreiras tidas como impossíveis e sempre conseguiu o que idealizava por sua crença interna.
          Por ela converteu-se no maior inventor da Humanidade. Em função do que está a cada instante presente em nossas vidas, desde o momento em que nos colocamos de pé, até quando vamos nos recolher ao nosso leito.
          Só para que você possa observar essa verdade, lembre-se de que ele está no metrô que tomamos; no veículo que dirigimos ou do qual nos valemos para ir a algum lugar. Está conosco quando falamos ao telefone, quando abrimos a geladeira, preparamos algum alimento no liquidificador. Quando movemos o interruptor da luz; quando a fitamos. Ao ouvirmos uma música e ao presenciarmos um filme. Ou, ao atravessar os espaços no interior de um avião.
          Simplesmente porque inventou a locomotiva elétrica, construiu a bateria, aperfeiçoou o telefone; desenvolveu todos os aparelhos eletrodomésticos; descobriu o filamento da luz elétrica, o cinema e a fita magnética. Que maravilha!

          Henry Ford, Fleming, Marconi, Ben Gurion, Jacques Cousteau, João Paulo II, Nélson Mandela, Irmã Teresa de Calcutá, Marthin Luther King, Irmã Dulce, Pelé, Oscar, Ayrton Senna da Silva e Luciano do Vale também revelaram ser possuidores dessas energias. Assim se comportaram na Antigüidade Cristo, Moysés, Alexandre Magno, Júlio César, Marco Antônio, Aníbal. Neste milênio, Marco Polo, Cristóvão Colombo e muitos outros. Grande exemplo de tenacidade está na História dos hebreus, cujos reflexos sentimos até hoje.

1.         A tenacidade é, como a fé, atributo da alma.

          É estado de espírito próprio de pessoas fortes, vencedoras. Pode ser comparada à têmpera. Os humanos e os seres viventes são testados pela Natureza nos embates e nos problemas da própria vida. Assim, o aço mais resistente é aquele que foi bem temperado. É o ferro que foi bem malhado.

          Na pirâmide social, a grande massa forma a base e os demais as diversas camadas. Só os plenos de convicções sadias e tenazes, que cresceram pela perseverança naquilo que acreditavam, lideram ou lideraram. Só eles alcançam o topo e lá permanecem...

          Onde você se encontra? Onde quer chegar? Acredita que é possível? Julga que será fácil? Asseguramos-lhe que, se as suas convicções forem suficientemente fortes, no prazo gravado em sua consciência triunfará no lugar escolhido. Convença-se, porém de que “um dia” nunca deverá chegar. Mas, se fixar um prazo, como o que está estabelecido na semente, na data certa estará de posse do fruto desejado. No Capítulo VII, ao discorrer a respeito de “Metas e Objetivos”, trataremos mais uma vez desse “um dia”.
·         Descruze os braços e avance os passos!
·         Faça acontecer!
·         Aja para que suceda como deseja e almeja.
·         Ponha-se em ação!
·         Ame tudo aquilo que é difícil!
·         Nunca fuja dos problemas!

“Você não pode ser corajoso se só lhe acontecem maravilhas!”
 Mary Tyler Moore

          Para chegar ao sucesso e colocar-se nos postos de comando, é preciso que as preocupações e o medo sejam vencidos e desvanecidos.

2.    Convença-se de que é pessoa vencedora.

          Decida-se, pelo esforço pessoal, perseguir com denodo os objetivos definidos bem como os seus ideais. Aprenda a deixar de protelar a solução dos problemas que lhe foram confiados. Ou, que a própria vida lhe oferece, para que possa se fortalecer cada vez mais.
          Contudo, se compactuar com os medíocres poderá tornar-se ridículo; jamais um fora-de-série.  Esta obra, em toda a sua coleção, conduz o leitor a refletir sobre a escolha da direção da sua vida a fim de descobrir quem é ele e no que deverá se transformar para o seu próprio bem. Nos capítulos seguintes encontrará material farto para essa descoberta, ciente de que somente você poderá realizá-la, porque somente você poderá mudar a sua vida.


Já leu o nosso último livro: “Você Vale a Pena!”.
Foi premiado como um dos melhores livros escritos em 2011.
Telefones: 11/2402-6203 – 964350934 (TIM)- 996273190 (VIVO).
Organize em sua empresa ou cidade um seminário “Você Vale a Pena!



sábado, 5 de abril de 2014

O Cocheiro, a Roda e os Veículos

Professor João Beserra da Silva
O Cocheiro, a Roda e os Veículos
Em momento algum, quando o homem há sete mil anos descobriu a roda, pensou no que ela poderia lhe proporcionar. Assim como aonde ela o conduziria. Com evidência, aquele pensador mesopotâmico, ao ver passar uma tropa de carga, pensou: "Ah! Se aquelas bestas tivessem no lugar das pernas algo que se movesse mais rápido!
Sem qualquer conhecimento técnico conversou com o seu filho primogênito, que era copeiro no palácio imperial.  Este relatou ao genitor que sofria demasiado ao ver seus colegas transportando os reis na "diligência” sobre suas costas. De forma desumana.
- Meu filho, quando o homem vai usar a cabeça? Pergunte ao rei para que o coco serve?
Chegando ao palácio percebeu que o monarca se preparava para sair em sua "carruagem real”. Aproximou-se dele. Atreveu-se, afirmando:
- Meu rei, o cabriolé correria com maior rapidez deslizando sobre cocos. Sem que fizesse sofrer os homens que o carregam.
- Trataremos melhor deste assunto tão esquisito na volta. Entretanto, pensarei durante a viagem. – Assim se pronunciando intimou aos escravos para que corressem o quanto pudessem porque tinha pressa excessiva de chegar ao lugar pretendido.
Os servos andaram tão depressa que se cansaram rapidamente. Um deles tropeçou. Caiu, arrastando aos demais. Inclusive ao rei e a sua esposa morro abaixo. Os escravos morreram mutilados. Os soberanos, sem ninguém para conduzi-los, retornaram a pé. Sem haver prosseguido para o destino anterior. Depois de penosos dias de caminhada Sua Majestade chegou ao palácio.  Mandou chamar imediatamente o copeiro.
- Explique-me a sua história sobre colocar cocos por baixo do cabriolé.
- Meu pai me garantiu que os homens precisam usar a cabeça para fazer com que a diligência real percorra o espaço com maior velocidade. Rogou-me para perguntar ao senhor "para que serve o coco”?
- Vou refletir. Convocarei meu Conselho para me darem a resposta correta. Depois ouvirei o seu pai.
Os sábios, os conselheiros e quantos o monarca dispunha por meses a fio se ocuparam em desvendar aquela sugestão. Sem solução, o ancião foi intimado a estar na presença do soberano.
- Diga-me o que tem a ver coco com cabeça e coco com cabriolé?
- Majestade, padeço demais quando observo seus servos carregando o senhor. A sua esposa. A tantos outros nas costas. Construa um veículo que resvale sobre cocos, puxado por bestas.
Fixaram os cocos no estrado da carruagem. O cocheiro usava o chicote, impelindo os animais a andarem mais rápido. Com o tempo, o próprio rei pensou numa forma melhor que girasse. Veio a roda rudimentar com exagerado desgaste. Quando o homem conheceu o fogo, revestiu-a com um arco de pedra. Mais tarde, de ferro. Contudo, o instinto destruidor usou o fogo e o ferro para produzir armas. Para provocar a guerra. Para a violência. Para chicotear. Para agredir, sempre com o uso do chicote. Por milênios inteiros os carros, já sofisticados, eram puxados por animais. Mais para batalhas do que para servir ao bem da humanidade. Mais para a morte do que para a vida. Mais para a destruição do que para a prosperidade.
Milênios depois o homem fabricou um motor para substituir os animais. A partir daí se aprimorou na velocidade. Em seguida aperfeiçoou os modelos. Buscou melhorias que favorecessem a segurança interna. Aperfeiçoou-se na tecnologia de produção. Encheu as ruas, as praças, as garagens, as rodovias e as pistas de veículos dos mais diversos tipos, modelos e tamanhos.
Jamais entendeu a linguagem do ancião da Mesopotâmia. Nunca reflexionou na relação cabeça e coco. Em tempo algum procurou discernir sobre o conteúdo da cabeça e o do coco. O coco contém água doce que serve à saúde do físico. A cabeça encerra massa cinzenta que fortifica a alma. Põe em ação o espírito. Que carece ser aplicado na educação. Sem a qual continuaremos sendo pré-históricos com índole belicosa. Ávida para matar e destruir. Os automotores transformaram-se em armas mortíferas e perigosas. O "chicote” jamais saiu das mãos dos homens; Ou pelo menos de suas cabeças, com ranço no coração.
Assim é o trânsito que nada pensa. Mas, mata mais que todas as guerras. Que é pensado, desenvolvido e melhorado pelos humanos. De nada servirão belas estradas. Ou os melhores recursos da tecnologia avançada se o homem guardar o ímpeto de correr riscos. Sem juízo, sem respeito, sem amor à vida. À sua e à do semelhante.
Percorremos todo o nosso país. De Sul ao Norte. De Leste ao Oeste. Como muito mais de vinte países, em três continentes. Em todo lugar há veículos, ruas, estradas e avenidas. Há mais pessoas do que carros, ônibus, trens e metrôs. Há trânsito e transporte. Há seminários, fóruns, congressos e estudos. A sua maioria voltada para o lado material. Para o ferro, para o aço, para o asfalto. Para o cimento e para o concreto Há em número ínfimo a preocupação com a educação e com o sentido da vida. Há zelo com o requinte e com a beleza dos modelos apresentados. Recomendação alguma quanto à formação do ser que ocupa hoje o lugar do cocheiro. Ou daquele que transportava o rei. É preciso que o motorista limpe o seu coração. Que desfrute do respeito à vida. Do amor à vida do seu semelhante. Que busque a Deus. Que faça a diferença. Que seja diferente dos veículos. Por mais avançados que sejam, são irracionais. Sem possibilidade alguma de cogitar. Mesmo que estacionem automaticamente. A diferença está e estará sempre na índole do condutor. Na sua forma de agir e de pensar. Em suas emoções. Em seus sentimentos. No autocontrole. No autoconhecimento. Na atenção e na reflexão. Na descoberta da bênção da vida.
Pensemos em melhorar a nossa postura e as nossas atitudes. Reflitamos sobre as cenas do cotidiano de nossas ruas e das nossas estradas.  Do campo e das cidades. Quantos corações dirigem seus veículos repletos do veneno da ira, da revolta.  Da ansiedade e da angústia. Da pressa e da indecisão. Da falta de respeito pleno.
Que todas as mudanças no trânsito partam antes de tudo da pessoa. Como dizia Gandhi; "Seja você a mudança que deseja no mundo”. O melhor carro, as melhores estradas, os melhores recursos de nada valem se continuarmos piores do que o nosso meio de transporte. A educação está em primeiro lugar. Esperamos que os dirigentes em suas mesas temáticas insiram uma cadeira de alguém que profira com consciência e com ciência conferências sobre educação no Trânsito para o coração. Que valor as regras de trânsito terão sem as leis do amor? Sem a consideração pelo outro. Pelo que é seu? Ou que se discorra sobre Mobilidade e Logística Humana.
Que Deus abençoe a todos que abraçarem esta causa. À causa da vida feliz, sem acidentes, sem erros e sem injustiças. Exemplo claro foi o problema do acidente de trânsito oferecido por Marc Lalonde, Ministro da Saúde do Canadá, à época (1974). Ele deixou bem evidente que os fatores que mais contribuem para o aumento dos acidentes de trânsito são:
1.            O estilo de vida,
2.            O meio-ambiente,
3.            A organização da atenção à saúde. (À vida – o grifo é nosso).
biologia humana tem ficado sem importância em todos os eventos públicos. O cuidado maior prepondera no tocante à mecânica dos veículos. Sem qualquer atenção à "mecânica humana”. À sua cabeça. Ao seu coração, onde deveriam estar os principais "motores psicológicos”. Bem como o "módulo de comando”. Nos tempos de hoje esses motores somente "se ligarão” mediante leis rígidas com educação e com conscientização, sem impunidade. Só assim o ser humano aprenderá o que seja respeito. Para tanto, imprescindível será que respeite a sua própria vida para valorar a de seus semelhantes.
Nosso mundo será melhor quando deixarmos de ser meros espectadores para sermos protagonistas do bem, do belo, do justo e do amor. Temos dito em nossas aulas de "Direção Defensiva”: "Percamos o nosso direito de preferência para termos o direito à Vida”.
Professor João Beserra da Silva - Pensador, escritor, poeta, conferencista e advogado.
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