sábado, 7 de maio de 2011

GESTÃO DO CONHECIMENTO - CAPITAL INTELECTUAL II


GESTÃO DO CONHECIMENTO
CAPITAL INTELECTUAL II
Professor João Beserra da Silva

 


         Que história podem escrever os nossos conhecimentos e as nossas ações? Enquanto muitas pessoas se atolam no lodaçal da indecisão, outras tantas mais audazes, afeitas a desafios e atentas às mudanças dos novos tempos procuram integrar o familiar com o surpreendente. O que vem a ser esse binômio: familiar e surpreendente?
         Familiar é o que nós, qualquer que seja a nossa atividade, conhecemos como aprendizado advindo do nosso tempo na Universidade, ou ainda nos cursos de pós-graduação, mestrado, especialização e outros congêneres. Ou das nossas vivências; ou, ainda, dos hábitos e costumes mesclados com os padrões impostos. Surpreendente são aqueles fatos e os acontecimentos das mudanças vertiginosas que a tecnologia nos apresenta em benefício da nossa profissão, e da nossa própria vida, com o que as faculdades só vão familiarizar-se mais tarde, após comprovação quantitativa, dentro do chamado cunho científico. Para conferi-lo, elas necessitam da experimentação comprovada, o que leva anos. Quando essa certificação chegar, terá sofrido nova mudança. O surpreendente é a própria mudança, que é característica do espírito criativo de quem está livre da rigidez de regras, dogmas e dos postulados de paradigmas ultrapassados. O surpreendente rompe barreiras, quebra paradigmas, ultrapassa limites, inova, cria, avança com alegria, revelando-se fora-de-série.

         Todos nós sabemos que é perigoso ficar adstritos ao que aprendemos no nosso tempo de estudantes nem mesmo pensar que aqueles conhecimentos são eternos e imutáveis. Tudo muda, como tudo se transforma. É como o capital, qualquer que seja o seu gênero. Se permanecer parado, imóvel, estático, limitado, inútil, sem uso e sem aplicação, desvaloriza-se. Assim, são os nossos conhecimentos acadêmicos; hoje nos servem tão-somente como base, como alicerce do nosso saber científico. Conferem-nos a faculdade de exercer.

         As mudanças estão aí em todos os campos, igualmente, grandes. Quem estiver desatualizado, estará fadado a ficar no passado e ser ultrapassado, perdendo a noção do presente, onde se situam as nossas ações. Ainda mais na atualidade, quando os clientes estão bem informados, trazendo, algumas vezes, as novidades de nossa área de trabalho. Os clientes, tanto os internos quanto os externos, estão mais espertos, mais exigentes, fugindo das corriqueiras técnicas de persuasão. Aguardam pelo surpreendente, querem encantar-se com o vislumbre de quem lhes ofereça a oportunidade de realizar os seus sonhos e de satisfazer os seus desejos, como atender às suas necessidades, sem técnicas, sem passos estudados, mas seduzindo-se pela criatividade, pela imaginação e sinceridade daquele que possa realizar o seu sonho.

         Por conseguinte, na Gestão do Conhecimento, como em nossa matéria anterior abordamos, é imprescindível que possibilitemos a nós mesmos a oportunidade de periodicamente nos reciclar, conferindo esse mesmo direito aos que colaboram conosco em nosso dia-a-dia. Nada mais importante, entre tanto que nos é primacial no aprimoramento pessoal, que saibamos respeitar a Ética Humana, como da mesma forma compreender que todos nós necessitamos de Motivação Humana. Nessa trilha, há tantos que sabem tanto, com inúmeros cursos no exterior e aqui, mas se esquecem de que todos somos carentes de calor humano e de auto-estima. Todos carecemos de troques sutis em nossas almas, no que temos de mais caro e profundo, que é a satisfação de nossos desejos e necessidades.

O Espírito humano está acima da carne e das emoções da vaidade, do egoísmo, da prepotência, elevando-se na simplicidade, pelo poder da humildade, que é o pedestal da sabedoria. É penoso perceber que há muitas pessoas em posição de mando, sem liderança e sem o conhecimento da alma humana. Talvez nem tratar os filhos saibam, mas se arvoram em poderosos, donos do mundo. De que valem os seus conhecimentos acadêmicos e os seus títulos, se desconhecem as regras elementares do Gerenciamento das Relações Humanas? Como, de igual modo, são pobres na comunicação verbal e em postura social. Entretanto, quando a sua Divisão de Recursos Humanos lhes recomenda um curso ou um evento nesse nível, alegam que já sabem tudo. São os chamados auto-suficientes, que se bastam a si mesmos e de nada mais precisam.  Serão vítimas da sua própria arrogância e os números da produtividade de sua área dir-lhes-ão adiante, dolorosamente, quando descobrirem que estão extenuados pelo estresse emocional.

É primordial, pois, o debate dos problemas da profissão de cada um, mas ainda mais básico é que os Diretores de Recursos Humanos tenham em mente que o valor maior que está à disposição para administrar e desenvolver é o próprio ser humano. Tanto o psicólogo deve conhecê-lo, como todos nós em nossas lides temos por dever embrenharmo-nos nesse conhecimento. É o relacionamento amistoso que conduz uma equipe à vitória, por seu espírito sinergético e pelo carisma do seu líder.
Somente assim serão escritas histórias estimuladoras, fruto da aplicação do conhecimento correto e das ações ajustadas e justas. Esse é o mundo do III Milênio. Esse é o nosso novo mundo. Essa é sempre a temática de todas as apresentações deste consultor empresarial e político. Quem se apresentar despreparado para ele, estará à margem de uma sociedade melhor, mais humana e muito mais feliz, porque os nossos filhos merecem uma melhor do que essa que aí está, comprovadamente corrompida, nos mais altos escalões.
Aí estão os passos para você reescrever a sua história e permitir que os seus, igualmente, possam reinventar a sua, com sabedoria, poder, autoridade, entendimento e discernimento.
        Se se interessar por esse processo de mudanças, fale conosco e nos convide para uma exposição em sua empresa ou em seu organismo social; ou, se detiver o poder público, em sua repartição, em órgão municipal, estadual ou federal. Para criar grupos de estudos em sua cidade, contate-nos
Professor João Beserra da Silva
11/2086-3567 - 8464-5220 –
Antes de imprimir, PENSE VERDE. PENSE no Meio Ambiente
Direitos de reprodução parcial e total protegidos pela Lei 5988/73. Se, para trabalhos escolares ou teses universitárias, parcialmente, o autor permite, desde que seja citada a fonte, incluindo nome do autor, fonte e título da obra. Nunca para cursos explorados comercialmente ou profissionalmente.

Capital Intelectual – Gestão do Conhecimento - Primeira Parte


Capital Intelectual – Gestão do Conhecimento
Primeira Parte
(Artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo)

O maior patrimônio dos relacionamentos humanos é a amizade. O maior capital é o conhecimento. O capital financeiro guardado estagna e desvaloriza-se; assim também é com o conhecimento. Só tem valor quando investido. Rende dividendos, se bem aplicado.
Como nas bolsas de valores, assim é a bolsa dos conhecimentos. Nada valem se ficarem no egoísmo pessoal. Como “dinheiro atrai dinheiro”, conhecimento atrai conhecimento, se investido no interesse de outros, à disposição das comunidades, com sabedoria e humildade.
Um dos pontos fundamentais na Gestão do Conhecimento é a liderança. Muitas pessoas demonstram nada possuírem de líderes ao negarem o conhecimento de outros. O conhecimento, se multiplicado de forma organizada, sem sonegação, prospera e faz prosperar, associando-se a empreendimentos vitoriosos. Quem sonega impostos comete crime; quem subtrai conhecimentos, pratica injustiça; bloqueia talentos, impede o desenvolvimento; fere princípios, direitos e ética humana.
Neste mundo moderno gerir conhecimento, como capital intelectual, sem valorizar o ser humano e motivá-lo, é o mesmo que aplicar dinheiro bom em ação sem valor. A Gestão de Conhecimento, ao utilizar o capital intelectual, deve definir como fator preponderante a velocidade e o encantamento com a novidade dos benefícios. Passamos as épocas demoradas e enfadonhas das circulares, dos comunicados, das mensagens via telex. Hoje, somos movidos pelas mudanças dentro das próprias mudanças, cuja única certeza é a mudança. Portanto, os processos da Gestão de Conhecimento de modo algum poderão ser lentos; devem ser ágeis, embora refletidos e amadurecidos.
Assim, seguindo esse caminho – o da velocidade – para evitar incorrer no erro de chegar depois, a pessoa na gerência de conhecimentos, sejam pessoais ou coletivos, deve possuir a condição indispensável da serenidade e do poder desenvolvido da intuição. As mais importantes decisões que beneficiaram a Humanidade foram tomadas em segundos.
Segue na segunda parte
Para criar grupos de estudos em sua cidade, em sua empresa ou seu organismo social contate-nos:
Professor João Beserra da Silva
11/2086-3567 - 8464-5220 – 9126-8916

        

Capital Intelectual – Gestão do Conhecimento - Segunda Parte


Capital Intelectual – Gestão do Conhecimento
Segunda Parte
Professor João Beserra da Silva
(Artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo)

As ideias brotam no espírito humano e são como tumores no físico que precisam sair. Ideias fantásticas, quando brotam do espírito de pessoas igualmente fantásticas necessitam ser postas em prática imediatamente. No dizer de Shaskepeare, ação é eloquência. Há muita gente sonegando ideias e protelando decisões. Vão pagar pelo crime de matar no nascedouro a fonte do saber. Infelizmente, muitos “chefes” agem assim com receio de perder o posto, em virtude do que jamais se tornarão líderes e continuarão ser pesos para as suas corporações…
Ao contrário, na Gestão de Conhecimentos, onde estiverem presentes o respeito, o amor, a confiança, a solidariedade, o espírito de parceria, a consciência formada no “nós”, distanciada do “eu”, o líder vai fomentar o maior banco de talentos. Porque o talento é como a água, quanto mais se usa mais a fonte dispõe para oferecer.
Profissionais de Recursos Humanos lembrem-se de que a qualidade total, tão apregoada em nossos tempos, sem a qualidade pessoal é verdadeira falácia, é um engodo, que se esconde atrás de algumas formas de ISO. Qualidade é efeito, consequência de algo que a precede. A preocupação exagerada com a qualidade final pode transformar-se em psicose coletiva, em detrimento do essencial que é a qualidade pessoal.
Antes do profissional e do produto, até mesmo da própria empresa, está a pessoa humana, em todos os níveis. Qualquer programa de recursos humanos que descuide dela está bem distante de alcançar resultados duradouros. Cuidado com imensas listas de como gerir conhecimento ou administrar capital intelectual, se permanecerem alheios à Motivação Humana. Se desse jeito o for, o Capital Intelectual fica como semente esmagada, seca ou mofada e sem água. Para gerir o conhecimento humano é preciso que os líderes despertem para a magia do elogio, para o trinômio milagroso da eficiência.
Quem se descuida da pessoa, perde o profissional. A pessoa e o profissional são inseparáveis. Malgrado sejam uma só, quem se apresenta primeiro é a pessoa. Tanto no vendedor quanto no diretor; tanto nas funções mais simples quanto nas mais complexas. Tanto nos poderes temporais quanto nos religiosos, a pessoa está acima de tudo; muito antes do produto que nasceu em seu espírito criativo e transformador.
Está também no cliente, que antes de ser consumidor ou usuário de serviços, é pessoa humana. Está nos cargos públicos, nos ministérios, na magistratura, no professorado, na polícia e nos campos de esportes. De igual maneira, nos religiosos, e em todas as atividades.
O caráter é indelével e indissociável da pessoa. As características pessoais agregam-se às do profissional. Vale ressaltar mais uma vez, um e outro estão no mesmo ser, sem se apartarem. Devem estar unidos, intrinsecamente ligados. Desconhecer essas premissas é o mesmo que afirmar nada saber acerca de gerenciar ou administrar. A vida é uma escola e o ser humano é uma universidade; os mestres deveriam estar na área de Recursos Humanos.
Se a pessoa é dotada de boa índole, de caráter bem formado, de estrutura familiar sólida, de amor à vida, de vontade de servir, de garra, com evidência, esforça-se para ser profissional de renome.
Veja também Gestão do Conhecimento
Capital Intelectual II

Para criar grupos de estudos em sua cidade, em sua empresa ou seu organismo social contate-nos:
Professor João Beserra da Silva
11/8464-5220 – 9126-8916