domingo, 29 de maio de 2011

RH - A Alma de Uma Empresa – Primeira Parte



Professor João Beserra da Silva
professorbeserra@gmail.com

Muito pouco do seu precioso tempo ser-lhes-á to-mado. Seria pretensão nossa “ensinar o vigário a cele-brar a missa”. Ou como vigário ditar cátedra aos papas de RH.
Entretanto, sempre se pode aprender algo mais com outrem. A sabedoria da vida, dia-a-dia, coloca-nos diante de situações de aprendizado. A cada momento a Natureza apresenta-nos lições sábias sobre o mesmo assunto, por ângulos diferentes daqueles que habitu-almente costumamos olhar.
Nada temos para passar-lhes dentro do campo es-pecífico de RH; coloquem, todavia, de lado tudo quanto sabem de sua profissão para entregarem-se livremen-te à seguinte reflexão.
A empresa, qualquer que seja o seu tipo, gênero e tamanho, é um organismo vivo. Como tal necessita es-tar em desenvolvimento, movimentando-se constan-temente para o seu objetivo. Assim como no organis-mo do corpo humano toda célula, por menor que seja, tem uma função; no organismo empresarial cada setor, igualmente. A empresa compõe-se de partes – pessoas, funções, seções, divisões, gerências e direto-rias.

As células, os sentidos, os órgãos e os sistemas do corpo precisam da harmonia entre si para que o todo alcance a sua finalidade – a vida, com saúde. O que mantém um corpo vivo? Quais as energias necessárias ao mesmo? Por que comemos, bebemos, respiramos, movimentamo-nos e repousamos? Qual a função do sangue, do oxigênio, dos hormônios, das vitaminas e da circulação?
Reflitam, por analogia, sobre essa relação na em-presa. O corpo tem cabeça, tronco, membros, órgãos, sentidos e sistemas, como já expresso. A empresa, também.
Houve tempo em nossa vida, na década de 60, co-mo Gerente de multinacional francesa, pensávamos que o setor financeiro de cada organização fosse o mais importante. Sem recursos, como a empresa ali-mentaria o seu crescimento e manter-se-ia viva?
Naquela mesma década, por volta de 1967, o grupo incumbiu-nos para gerenciar as vendas. Concluímos que essa divisão era o carro-chefe, a locomotiva que a impulsionava. Sem vendas, como manter o caixa posi-tivo para os recursos financeiros para a aquisição de matérias-primas, para pagar a folha-de-pagamento, os impostos e realizar investimentos?
Na década de 80, sempre na área de vendas em to-do o território nacional, em outro grupo muito forte, tivemos ensejo de conhecer o setor fabril diretamente e a área de Recursos Humanos. Em reuniões constan-tes com o pessoal de vendas, com os grupos de CCQ e mais diretamente com a área de treinamento ficou cla-ro para nós de que a empresa realmente é esse mara-vilhoso organismo, que carece manter-se vivo, pulsan-do, ativo, em movimento, com prosperidade.

A cabeça do corpo chamado empresa é a Diretoria. Do mesmo modo como o cérebro que se situa na cabe-ça só pode funcionar bem com sangue oxigenado, a Di-retoria necessita do oxigênio gerado pelos setores fa-bris, de produção, mercadológico e financeiro. O oxi-gênio pela mistura vivificadora do sangue vem da harmonia entre produção, vendas e administração – verdadeiro coração da empresa. Os braços, as mãos, as pernas e a voz são o corpo de vendedores, represen-tantes, distribuidores, relações públicas, Telemarke-ting, assessoria de imprensa, propaganda e publicida-de.

Segue na Segunda parte
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RH - A Alma de Uma Empresa – Segunda Parte




Professor João Beserra da Silva
professorbeserra@gmail.com
Continuação...

Como viver sem ar, em atmosfera poluída? A Divi-são de RH está incumbida da preservação dos recursos indispensáveis para que a atmosfera da empresa seja a melhor possível. O sangue será nocivo ao corpo sem oxigênio.
Aos executivos de RH está reservada a majestosa tarefa de zelar de forma diligente para que seja abun-dante o oxigênio do entusiasmo, da alegria, da boa vontade, da dedicação, da responsabilidade e do inte-resse pela qualidade de vida. Enfim, pela harmonia, pela motivação, por espírito sinergético e pelo senti-mento de utilidade do serviço de cada um. Assim a empresa está livre da epidemia do desânimo, do vírus da incerteza e da irritabilidade.
Essa é a missão de RH, como nossa em conclamá-los a pensar sobre este indispensável fator de sucesso nas relações internas de uma empresa. Por esse pro-cesso ela está viva, respirando, pulsando, com oxigênio e sangue, com os sistemas respiratório e circulatório em pleno funcionamento, sob a su-pervisão eficiente e eficaz da cabeça – a Diretoria.

Porém, faltam-lhe coração e alma. Onde está a vida do corpo? Quem o mantém vivo? E a empresa? Em am-bos é a alma, ou o coração, se você descrer da sua exis-tência por ser ela invisível.
Quem é a alma da empresa?
É a Divisão de RH. Desde que a expressão “recur-sos” ultrapasse os limites do seu próprio nome. Que seja fonte viva de recursos reais e necessários, como treinamentos motivadores que ofereçam a todos o verdadeiro significado de missão, de visão, de valores e de objetivo, com o desenvolvimento humano. Que criem, estabeleçam e implementem programas para que perdurem o entusiasmo em cada uma das células individuais e coletivas da empresa.

Concluindo, almejamos que entenda esta mensagem. E que, pelo seu entendimento, per-ceba quão valiosa é a sua missão, como alma de um organismo vivo, a empresa, nos moldes aqui propostos com agente facilitador. Acompanhe o nosso trabalho e o sinta em sua própria corpo-ração ou empreendimento, pois dificilmente “santo de casa fará o milagre desejado”.

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O OCULTO DE UM DEBATE

O OCULTO DE UM DEBATE
Manfredo Araújo de Oliveira
manfredo.oliveira@uol.com.br, Filósofo e Professor da UFC


Os debates sobre o Código Florestal manifestaram certo paradoxo: por um lado, sabe-se que a virulência dos debates revela que a eles subjazem enor-mes interesses econômicos; por outro lado, a impressão é que este debate apagou as diferenças ideológicas, pois há representantes das diferentes concepções de sociedade em ambos os lados.

O que não se diz é que isto só se explica porque o fundamento desta postura é uma determinada forma de conceber a realidade, de modo muito especial a natureza e sua relação com o homem que constitui o alicerce do projeto moderno de civilização e que abarca em seu seio diferentes concepções da forma de organizar a vida coletiva. Daí porque é possível como se afirma que certa esquerda se alie com a direita.

F. de Roose e Ph. van Parijs são de opinião que para compreender o fundo deste debate se faz necessário distinguir: o “conservacionismo”, segundo o qual a natureza não tem valor senão como um instrumento a serviço do ho-mem, e o “preservacionismo”, que justifica a proteção da natureza pelo valor que esta possui em si mesma. Significa dizer que para o conservacionismo os processos naturais possuem só um valor instrumental: constituem os meios de que dispõe o homem em seu próprio benefício enquanto que para a segunda posição eles possuem valor intrínseco independentemente da utilidade, portanto, valem por si mesmos.

A primeira posição se radica na grande virada que produziu o pensamento moderno. Este gera transformação radical na concepção de natureza e de nosso relacionamento com ela. A natureza mostra-se agora como uma construção teórica (constituição e validação de seu sentido) e prática (tecnologia) do homem, que a ele se contrapõe radicalmente como matéria-prima de seu conhecimento e ação, o que lhe dá a sensação de ser o “Senhor” (mestre) e “Possuidor” da natureza (Descartes). A questão não é mais expressar a constituição intrínseca da natureza, mas de transformá-la em simples algo quantificável, expressável em linguagem matemática, a nova gramática do mundo, e explorável economicamente.

Com isto se abre o espaço para um novo tipo de saber da natureza, o das novas ciências: não se trata mais de contemplar as coisas enquanto inseridas na ordem cósmica, mas de possibilitar a dominação do homem sobre elas. A natureza se transforma “exclusivamente” em meio para satisfação das carências humanas, instrumento de efetivação de seus desejos, o que conduz à sua sistemática dominação e destruição.

Na concepção alternativa, tudo é portador de constituição própria a partir de onde se estabelecem seu lugar no universo e o parâmetro decorrente do de-senvolvimento de suas potencialidades. Neste sentido se pode dizer que cada ente possui um valor e enquanto tal possui um estatuto para a ética.

A ética que brota daqui exprime que as ações são boas na medida em que se radicam em valores de base e não entram em contradição, em última instância, com a totalidade da realidade. A ética não pode limitar-se a uma teoria da sobrevivência do indivíduo, mas é uma “teoria da integração” do indivíduo com os outros seres humanos e a natureza. Trata-se da exigência de construção comum de outro modelo de configuração da vida individual e social, de produção e de consumo radicado nos valores da cooperação, integração e interconexão entre os seres humanos e os seres naturais.

Recebido de Fábio Oliveira

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