sábado, 6 de fevereiro de 2010

A VERDADE E A FELICIDADE

A VERDADE E A FELICIDADE

Para assimilar bem os conceitos acerca de felicidade e verdade é preciso refletir atentamente sobre as ponderações do outro texto nosso sobre “Conhecimento e Sabedoria” Observe quão valiosa para a vida de cada um é essa reflexão. Sem ela muitos correm atrás da felicidade e muitas vezes defendem certas verdades, sem objetivo.

Busca-se a felicidade fugindo da verdade.

É possível? A felicidade pode existir sem a verdade? O que vem primeiro, a verdade ou a felicidade? O que é uma e outra? Por que viver fugindo de uma, almejando a outra? Se uma é polaridade da outra? Se é preciso que a verdade venha primeiro para que a outra se revele?

A verdade carece estar manifesta para que sirva de luz, a fim de que a felicidade se apresente. Quantas vezes o sofrimento é mero fruto da ignorância que incita o buscador da verdade a lutar por ela cegamente, vivendo na dúvida? A suspeita falta-lhe poder para tornar alguém venturoso. Somente a verdade. É comum se fugir dela.

“A verdade é sempre mais importante que o dogma”. - Henri Lefebvre

Assim fez Pilatos. Lavou as mãos como símbolo de sua consciência em conflito. Estava diante da Luz - a Verdade - que poderia dar-lhe Vida e indicar-lhe o Caminho e voltou-Lhe às costas. Como ser feliz assim?

Desse modo, anda-se na escuridão. Vive-se de ilusão. Ou dela alimenta-se. A verdade, mesmo dolorosa, só pode proporcionar o bem. De onde vier, de qualquer ponto cardeal ou de todos ao mesmo tempo, só causará benefícios.

Então, por que buscar tanto a felicidade? Que surja primeiro a verdade, que oferece ao detentor a serenidade e a paz interior. Ela habita o profundo do ser de cada um. "Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida!". Nessa busca depara-se com dois outros valores extraordinários, tantas vezes esquecidos por muitos – o amor e a fé.

O Amor e a Fé

Por ela – a sabedoria, no seu sossego, descobre-se o amor, cuja polaridade é a fé. Como o binômio anterior, uma é requisito da outra. Daí, quem surge primeiro? O amor ou a fé? São dois atributos da alma que reverberam em corações pacíficos. Que se infiltram com o calor e com a energia da outra. É muito difícil, muito mais do que a relação verdade-felicidade, apontar qual é a primeira.

Sem fé inexiste o amor.

Seria o mesmo que garantir que sem amor, a fé perde a razão de existir. É preciso refletir bastante. Contudo, é lógica a premissa de que o amor sem a fé - confiança, fidelidade - é uma energia sem vida, improfícua.

A fé (a fides latina) é luz que revela a poderosa energia do amor. É hipocrisia afirmar-se: “eu tenho uma fé cega em você!”

Como pode a fé ser cega?

Quem assim age, é míope espiritual-mente. Portanto, sem condições de perceber o amor. Ambos são luzes. Mas, o amor necessita da fé para gerar a sua luz. É como se o amor fosse imenso reservatório de azeite ligado a um pavio que carece de fogo para produzir a luz. Por exemplo, do fogo de um palito de fós-foro. A partir daí a fé e o amor se fundem e jamais hão-de se separar.

Para deixarem de ser apenas duas energias latentes que inexistem objetivamente, é evidente que haja a fusão da fé no amor. Como água e açúcar. Ou como água e sal. Diferente de água e óleo.

A sua existência passa a ser realidade quando o pavio do amor entra em contato com o fogo da fé.

Quem vem primeiro?

Ah! Eu amei antes e depois é que passei a acreditar.

O que você pensa ser amor é mera atração para estudo e análise de quem julga amar. Era simples paixão, atração pelo físico, apenas na aparência, no invólucro, no frasco exterior, sem haver descoberto o vaso interno. O convívio e as observações de outros fatores, como caráter, pessoa, virtudes, gostos, hábitos, atitudes, posturas, sintonia, despertaram-lhe interesse e confiança. Aí descobriu o a-mor, que é essência; está no interior. Por conseguinte, é invisível, mas emana de dentro.

Equivocadamente há pessoas que julgam amar ao se sentirem atraídas por outras. Até mesmo de forma irresistível. À primeira observação nem sabem quem são elas. É difícil se conhecer alguém de forma total, vendo-a simplesmente. O conhecimento verdadeiro vem do intrínseco. É no secreto da alma de cada um que estão os caracteres que fazem com que em si se creia. As características ex-ternas raramente têm algo a ver com as internas, como fatores de crença.

O mundo dos sentidos, da carne, do sexo desenfreado, onde predomina a promiscuidade - troca de parceiros e a leviandade - é todo escuro. Está ausente o amor, sem as luzes da fé, que produz a fidelidade. Esta gera o amor que causa a felicidade, cujo princípio está na verdade que habita o sacrário de cada um.

Por que no nosso atual mundo esses valores estão tão escassos e invertidos? - Porque é mister que outras forças atuem em consonância com essas imprescindíveis energias. São elas: o conhecimento e a sabedoria, sobre o que já tratamos antes. Igualmente, polaridades que se completam. Uma atrai a outra. Uma delas é esquecida; até mesmo negada, apesar de ser forte luz. Talvez a mais possante de todas. Até mesmo do que o amor.

- Como? Há energia maior do que a do amor?

A resposta simples seria uma negação. Mas, na verdade, o amor precisa de luz. Tanto da fé como da sabedoria para ser descoberto e revelado.

Pense! Reflita bastante sobre o que acabou de ler.

Volte ao princípio desta leitura e leia agora com muito mais atenção, procurando desvendar a fonte fundamental de tudo e vai perceber que está flagrantemente clara em todo o texto a insondável Presença de Deus e o manso, mas irresistível convite do Seu Filho para que você se volte para Ele, sem restrições.

Professor João Beserra da Silva
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